Ciranda Elo das Letras de Poetrix

O poetrix é um terceto, "poema com um máximo de trinta sílabas métricas, distribuídas em apenas uma estofre, com três versos e título".

Ifrit O Despertar de um Demonio

Entrei no metrô direto para o prédio Vargas 2 que fica na Rua Presidente Vargas, a estação é em frente ao meu trabalho e como sempre o metrô estava lotado..

A Ordem Secreta da Inconfidencia Mineira

E se um dos grandes nomes da Inconfidência Mineira tivesse sido possuído por um espírito maligno e a causa de sua execução não tivesse sido o fato de pertencer a um movimento popular e sim o fato apenas de uma sociedade secreta querer ocultar a presença maligna no corpo daquele homem?

terça-feira, 31 de maio de 2011

Comentando "Caim" de José Saramago

Caim

" Este é o sinal de tua condenação, acrescentou o senhor, mas é também o sinal de que estarás toda a vida sob a minha proteção e sob minha censura, vigiar-te-ei onde quer que estejas." 

Confesso que só agora me despertou o interesse de ler o livro de José Saramago intitulado "Caim", talvez porque tenha lido poucas obras dele e talvez um pouco porque a propagando feita em torno do livro tenha-me despertado esse lado curioso que todo buscador e pesquisador tem. Antes de mais nada meu caro leitor lhe convido a abandonar por alguns instantes suas convicções teológicas e religiosas para por um momento analisarmos a obra "Caim" sob o ponto de vista literário e não de nossas convicções, mais uma vez, religiosas e teológicas.

Se você tivesse a oportunidade de estar diante de deus para questiona-lo quais perguntas você faria? O escritor português responde isso com maestria dando um baile de possibilidades. Tudo começa no Éden com Adão e Eva logo em seguida partindo para a história de Caim e Abel surgindo dai o estopim para o desenrolar da história que permeia o livro. É um embate onde não há o criador e a criatura, ao contrário do que muitos dizem por ai, o embate é na verdade entre dois homens onde um é imagem do outro horas ficando evidente o Criador e horas ficando evidente a Criatura e por vezes revelando a face de um deus cuja sua real fundamentação dentro livro é a de um deus inescrutável e que baseia-se no livre arbítrio do homem e por isso as possibilidades de caim por diversas vezes questiona-lo.

O lado humano da história é aquele que defende a vida diante de qualquer possibilidade e desperta o leitor para as questões humanas: as crianças e a homossexualidade em babel, as mulheres e os jovens nas guerras, os seres e a natureza no dilúvio. São questões atuais que tem dimensões nos direitos humanos e transcendem a realidade nos despertando para um diálogo mais natural dos debates que atualmente rondam as mesas de nosso dirigentes, transformar tudo isso em um livro de fácil leitura e de linguagem acessível é ter a maestria das letras ao toque suave do som que se perfaz ao teclado do computador. 


Assim como na história bíblica em Caim deus promete não tocar o humano caim que vaga dos diversos capítulos e passagens bíblicas para por vezes ser anjo e outras um mero espectador das histórias que se desenrolam, ele questiona, e questionar é algo natural pois é dos questionamentos que a filosofia baseia e estrutura todo o seu estudo, às vezes ele é respondido e outras vezes fica só no questionamento, a que se deve isso? O deus que se apresenta diante da obra de José Saramago é um deus primeiro pai, cria seus filhos e deles tem ciúmes já que os cria para si pensando que nunca eles o abandonarão logo com a decepção vem o castigo e o castigo é justamente tira-los do éden e afasta-los dos privilégios concedidos, em uma linguagem mais atual seria tirar o play station  de sua criança que fez uma coisa muito errada e essa seria a forma natural de castiga-lo, é assim que deus se comporta em todo o livro, veja bem, deus não toca caim e nem tira-o a vida será apenas porque fez uma promessa a ele? A resposta é não, se deus se apresentasse realmente como aquele cheio de ira logo teria voltado sua ira para caim, mas o defende por causa de sua aliança que é uma aliança de amor de pai e depois de censura pelo erro cometido quando ele matou a seu irmão abel. A prisão de caim para erro tão grave é justamente o seu abandono, onde o pai ama o filho mas reprimi-o pelo erro cometido não tirando o vínculo familiar que existe e continua a existir.

A obra de José Saramago tem pontos alto e baixos, é ausente do ponto de interrogação, houvera momento que confundi frases afirmativas com interrogativas e tinha que reler a frase para continuar a leitura. O ponto forte realmente é essa questão do diálogo natural do homem e buscar compreender os acontecimentos atuais.

Será que deus é realmente tão cruel quanto a sociedade? Caim responde esse questionamento com simplicidade de linguagem e com verdadeira ciência.

Uma obra que vale ser lida!


Sinopse: 
  • Caim 


    Neste novo romance, o vencedor do prêmio Nobel José Saramago reconta episódios bíblicos do Velho Testamento sob o ponto de vista de Caim, que, depois de assassinar seu irmão, trava um incomum acordo com deus e parte numa jornada que o levará do jardim do Éden aos mais recônditos confins da criação.
    Se, em O Evangelho segundo Jesus Cristo, José Saramago nos deu sua visão do Novo Testamento, neste Caim ele se volta aos primeiros livros da Bíblia, do Éden ao dilúvio, imprimindo ao Antigo Testamento a música e o humor refinado que marcam sua obra. Num itinerário heterodoxo, Saramago percorre cidades decadentes e estábulos, palácios de tiranos e campos de batalha, conforme o leitor acompanha uma guerra secular, e de certo modo involuntária, entre criador e criatura. No trajeto, o leitor revisitará episódios bíblicos conhecidos, mas sob uma perspectiva inteiramente diferente.
    Para atravessar esse caminho árido, um deus às turras com a própria administração colocará Caim, assassino do irmão Abel e primogênito de Adão e Eva, num altivo jegue, e caberá à dupla encontrar o rumo entre as armadilhas do tempo que insistem em atraí-los. A Caim, que leva a marca do senhor na testa e portanto está protegido das iniquidades do homem, resta aceitar o destino amargo e compactuar com o criador, a quem não reserva o melhor dos julgamentos. Tal como o diabo de O Evangelho, o deus que o leitor encontra aqui não é o habitual dos sermões: ao reinventar o Antigo Testamento, Saramago recria também seus principais protagonistas, dando a eles uma roupagem ao mesmo tempo complexa e irônica, cujo tom de farsa da narrativa só faz por acentuar. 
    Ficha Tecninca:

  • Editora: Companhia das Letras
  • Autor: JOSE SARAMAGO
  • ISBN: 9788535915396
  • Origem: Nacional
  • Ano: 2009
  • Edição: 1
  • Número de páginas: 176
  • Acabamento: Brochura
  • Formato: Médio



sábado, 28 de maio de 2011

Desventuras







Caminhos I


Em três passos estou pensando,
o primeiro a timidez,
o segundo a paixão,
o terceiro é amor.





Caminhos II


Tudo o que faço
onde o tempo me levar,
no orquidário,
ou na sala de jantar
é pensar em você.







Caminhos III


Se tem mar
solidão, se te amar
ação, se tem cantar
emoção, e se nada tem
solidão.


Caminhos IV

Labirinto angustiante
dor escaldante
silêncio, vejo garças,
e sol que lá se apaga,
rompendo em mim a emoção
de te ver partir.


No fim do caminho

Vela derrete ao fim,
escuridão que se apossa
silêncio que amedronta
escuridão latente
é solidão presente, ausente, presente.


*Imagem: Alfredo Munhoz - Caminhos

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Promoção Livro "Questões do Coração" de Emily Giffin

Promoção Livro "Questões do Coração" de Emily Giffin




      PROMOÇÃO ENCERRADA!


Bom vamos lá a essa promoção que vale o livro de Emily Giffin, para participar do sorteio tem que seguir as regrinhas seguintes:


1º - Curtir o blog no Facebook (caso não tenha Facebook pule para a segunda regra);


2º - Seguir no Twitter ou Google Friends (publicamente);


3º - Deixar aqui nesse post uma mensagem com a seguinte frase: "Eu quero o livro Questões do Coração" e assinar a mensagem com nome ou twitter;


4º - O ganhador deve ter endereço de entrega no Brasil.


5º - Sua posição no comentário aqui é o seu número no sorteio


O sorteio acontecerá no dia 16 de Junho com todos os participantes da promoção que seguiram as regras.


ATENÇÃO: Se o ganhador não entrar em contato em três dias após a divulgação do resultado acontecerá um novo sorteio.


A promoção é válida pelo período de 26 de Maio a 15 de Junho.


Uma parceria Elo das Letras com Editora Novo Conceito

terça-feira, 24 de maio de 2011

Conto: A Casa Colonial

Por Jandeilson Bezerra
 Em uma casa típica carioca do bairro de Santa Teresa, colonial, com aspectos herméticos que sugeriam a primeira vista um lugar não muito frequentado, algo parecia sempre acontecer a noite. A casa em si era escura, uma pequena torre ponte aguda pendia ao centro dela, suas janelas eram pequenas, vidros sujos de poeira e teias de aranha, incluindo entre as janelas uma que estava quebrada e que de vez em quando em noites de chuva ruía e batia quando ventava forte. A casa estava no alto de uma montanha, rodeada de árvores, uma grande cerca de arames, um cachorro que ficava indo e voltando de ponta a ponta da cerca, com sua língua para fora, a espreita do primeiro atrevido que ousasse por aqueles arames passar.


 Era verão a época, já noite três belas jovens passavam ali perto, subindo a ladeira dos Tabajaras, a primeira se chamava Lorena, cabelos longos e dourados, pele macia como a seda, de estatura mediana, vê o cachorro do outro lado da cerca que já vem se precipitando sobre ela e começando a latir, ela grita e assusta as suas amigas, juntas dão um paço para trás, Beatriz que era morena, corpo torneado e lindos olhos cor de mel exclama auto que se assustou com a amiga e diz não compreender tanto escândalo. A outra, mais baixinha de todas, a Elisa, que geralmente gostava de usar roupas mais longas e sapatos mais altos, diz que o cachorro não a assustou mais do que o grito de sua amiga Lorena. O cachorro latia enquanto as amigas já assustadas se agrupavam uma colocando o braço cruzado na outra de forma que ficaram as três unidas, e tornaram a caminhar seguindo o seu trajeto sempre acompanhadas pelos olhos cintilantes do cachorro, caminham com uma certa serenidade, ainda não haviam avistado a casa no alto do morro, até que Beatriz a vê e diz:


- Nossa que casa mais treva. Fiquei toda arrepiada!
- É verdade. Toda escura por fora, né?! - Responde Elisa.

 Os passos das moças ficaram mais lentos, a respiração delas parecia mais ofegante que o normal, Lorena olha para traz e se dá conta que o cachorro não mais as observa, em compensação vê que tudo está escuro atrás, sente medo, segura mais fortemente no braço direito de Elisa que é quem está no meio e sem falar nada para não assustar suas amigas segue o caminho. O vento daquela noite de verão ficou de repente mais frio, a velocidade com que as palmeiras imperiais que haviam ali na calçada, suas folhas balançavam parecia ter aumentado, sem perceber a linda Beatriz chuta uma pequena pedra, o barulho a assustou, ela de súbito aperta o braço esquerdo de sua amiga, nada fala também. Ao ouvir o barulho Elisa rapidamente olha para trás e nada vendo olha a frente, sente-se tentada a olhar mais uma vez para trás e pensa consigo que estão sendo perseguidas, mas logo respondendo a si própria diz ser impossível já que o cachorro não latiu. Elas continuam caminhando, mas a caminhada era lenta, parecia que passar em frente aquela casa era uma missão que nunca terminaria.

 As moças encolhidas, já amedrontada cada uma individualmente, seguem caminhando sem deixar qualquer coisa transparecer uma para as outras. O silêncio era grande, barulho mesmo só o do vento quando tocava nas cumeeiras da casa no alto do morro. E começou ali, naquele momento, sem que elas nem tivessem percebido pois estavam já tão assustadas que sequer perceberam o bailar excessivo também das palmeiras imperiais.



 As nuvens no céu começaram a aparecer, surgiam de todas as partes, as estrelas e a linda lua que estava em seu ápice começaram a sumir entre as nuvens. O véu paladino do escurecer começou a tomar de conta de toda a rua, a torre da casa parecia estar rodeada de nuvens, sua ponta mais alta desapareceu, não se podia ver, e antes o que parecia assustador se tornou ainda mais assustador do que o normal. O vento ruía, ruía, ruía sem parar. As jovens moças pareciam estar perdidas em um caminho sem volta, e voltar era o que menos queriam naquele momento.

   Eis que de repente uma das janelas abre-se lentamente, as moças nada percebem pois a escuridão tudo escondia.O vento mais forte bate a janela, o vento silencia e o som se propaga até os ouvidos de Lorena, Beatriz e Elisa. Elas param de súbito onde estão. Uma olha para a outra, apavoradas, sem voz, os braços que antes estavam cruzados já não mais cruzados estavam, uma pegava na mão da outra. Começaram a correr. O vento retorna com toda a sua força, a janela começa a ruir, um ruido estridente junto ao vento, que mais pareciam uma nota fúnebre, enquanto as moças corriam. Elisa cai, seu salto quebra-se em meio a toda aquela confusão. O seu coração dispara, olhando fundo na ladeira ver uma sobra, sente uma sensação horrível, e exclama:

- Meninas viram aquilo? - Aponta com o dedo – estamos sendo perseguidas por alguém.

   Tira os sapatos, levanta e continuam correndo, assustadas. Na ponta da cerca, Beatriz vê de longe algo na cor prata, eram duas bolas pequenas reluzentes, de repente o cão se precipita sobre a cerca e começa a latir, todas gritam apavoradas, correm, não sabem o que fazer, aquele momento parece não ter fim. Ouvem paços, que se misturam aos ruídos estridentes da janela, e ao barulho excessivo do vento tocando na cumeeira da casa. Os passos parecem acelerar, elas correm mais do que nunca, rapidamente chegam na casa de Beatriz, ela não consegue colocar a chave na fechadura, a chave cai, Elisa pedi a ela que seja rápida, ela não consegue pois está tremendo muito, Lorena toma a chave da mão dela, coloca na fechadura e abre o portão, entram correndo, fecham o portão, entram dentro de casa trancam a porta, ofegantes na respiração, Elisa já chorando e apavorada. Todas sentam ali mesmo no chão uma olhando para a outra, ainda com medo. A casa escura, nenhuma luz acessa, de repente:

- Alguém? - Exclama o pai de Beatriz.

   Todas gritam sem pensar, apavoradas, o pai se assusta e logo acende a luz, olha as moças e preocupado pergunta o que aconteceu. As luzes do segundo andar se acendem, descem para a sala a mãe de Beatriz e seu tio, perguntando o que estava havendo ali, e quais eram o motivo de tanta gritaria.


 A lua toma o seu lugar no céu, cheia e rosada. As estrelas aparecem, enfeitando o infinito de modo que mais parece um lindo cobertor de diamantes. O vento se torna uma brisa suave. As jovens estão lá na cozinha tomando água e explicando o ocorrido.

   Eram nove horas da manhã, Dona Ana grita para que todos acordem pois o café estava na mesa. As moças são as primeiras a descerem, ainda comentando sobre o ocorrido da noite anterior, e afirmando uma para as outras que não conseguiram dormir pensando no corrido. O jovem Luiz, irmão de Beatriz entra na sala de café:

- Bom dia meninas!
- Bom dia mano - responde Beatriz.
- O é, o que ocorreu ontem a noite que vocês estavam correndo e gritando assustadas na ladeira? Vocês não          me reconheceram não é? Eu estava logo atrás de vocês, suas loucas!

   Elas olharam entre sim e todas começaram a rir.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Beijada por um anjo - Comentando o segundo livro

Beijada por um Anjo continua sua saga sem muitas novidades no segundo livro, das poucas novidades podemos ler o aprofundamento da personalidade das personagens dando aplausos para a atmosfera de mistérios e particularidades que rodeia cada um de tal modo a nos colocar em dúvidas com relação as diversas possibilidades nos mais diversos ângulos dos acontecimentos que envolvem Ivy, a mocinha da história. Ivy é muito dramática, abandona suas convicções muito facilmente só não abandona o seu amor por Tristan, esse por sua vez mesmo do outro lado da vida não a deixa de amar, é confuso entender o que se passa dentro desse mistério, uma hora ele seria só mais um espirito vagando na terra com um propósito o de defender a sua amada em outra ele entra em uma escuridão total recolhendo forças para continuar sua missão, a verdade é que dentro do contexto dessa história os anjos não são presentes e são espíritos vagando na terra até o término de seu propósito espiritual. 

Amor está sempre em alta e com o estrondo da fantasia rodeando o Brasil sem dúvida alguma falar de anjos é trazer atenção e prender a respiração para contagiar-nos e nos fazer sonhar isso é bem verdade, quando um humano morre e passa a ser anjo e agora a defender sua amada já é um enredo que por si se justifica dentro do universo da literatura, porém sendo série as dosagens são bem contadas é ter paciência para chegar até o final. 


A boa da vez é que para quem não abandonou o livro pela metade percebeu que ele está mais envolvente, diria um pouco mais atraente que o primeiro porém sua continuidade continua pecando por vezes em nos deparar no meio de histórias que não condizem com a redação que poderia ser fascinante desse enredo, o negócio é pagar para ver o que acontecerá. Fiquei um pouco decepcionado quando soube que o livro virou uma série, aparentemente não vai mais ter um fim, então querido leitores que gosta da saga, boa sorte pois eu paro por aqui com a felicidade de que aprendi muito é verdade. 

Leia os comentários sobre o primeiro: 

“Beijada por um anjo” em uma visão inicial

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Space Opera Odisseias Fantásticas Além da Fronteira Final - Lançamento no Rio de Janeiro

Lançamento no Rio de Janeiro




SPACE OPERA é um subgênero da Ficção Científica que destaca aventuras espaciais e planetárias, utilizando-se muitas vezes de cenários exóticos e personagens heróicos, em histórias regadas com muito drama, ação e conflitos pessoais.
Sucesso na literatura, na TV e no cinema, quem nunca imaginou viajar em uma nave estelar e explorar novos mundos? Ou lutar contra um temido Império Galáctico? Ou destruir implacáveis robôs que tentam exterminar a humanidade? Ou ainda travar uma luta mortal contra um arqui-inimigo usando armas do futuro?
Com a presença de Gerson Lodi-RibeiroClinton DavissonMaria Helena BandeiraJorge Luiz CalifeLetícia VelásquezMarcelo Jacinto RibeiroFlávio Medeiros Jr.Larissa Caruso e Hugo Vera, a antologia “Space Opera – Odisseias Fantásticas Além da Fronteira Final” trará nove histórias onde os autores instigam os leitores a sentimentos de curiosidade a cada nova tecnologia apresentada, ansiedade a cada aventura vivida e tensão a cada momento de perigo e reviravolta, além de, é claro, a diversão que a Space Opera oferece.
Conflitos políticos, batalhas espaciais, alienígenas, romance, espionagem, tecnologias do futuro, aventuras shakespearianas e um toque de jeitinho brasileiro. Prepare-se! A nave Space Opera já irá partir…
Organização: Hugo Vera e Larissa Caruso
Publicação: Editora Draco – www.editoradraco.com
ISBN: 978-85-62942-21-1
Formato: 14cm x 21cm
Páginas: 272 em preto e branco, papel pólen bold 90g
Capa: Cartão 250g, laminação fosca, com orelhas de 6cm
Preço de capa: R$ 49,90
Disponível em: 31/05/2011



book-trailer


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Amor que passou




Amor,


Que o vento levou,


Porque não passastes


Sem em mim deixar dor?




Passastes assim violento


Como um tornado à me devastar


Feristes tanto meu coração


Que agora não consigo me recuperar.




Mostra-me a cura,


De amor tão violento,


Mostra-me o caminho


Para que eu possa não mais sofrer.




Amor que passastes,


Porque não levastes consigo


O meu sofrimento?

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Sexta Feira Treze Parte Final



- Quem está ai? Quem está ai? - Insistiu.

Ninguém havia na casa, porém aquela percepção de um espectro sob a luz me dava a certeza que alguém lá estava, mas não era, o espectro avançava silenciosamente na escuridão de minha casa, minhas pernas tremiam, o corpo todo estava agitado o tempo parecia não passar, foi então que vou um uivo fino e melancólico. Sai correndo descendo escadas abaixo procurando um lugar no qual pudesse esconder-me, abria uma porta, o suor descendo frio, abria outra foi quando achei a porta do armário, lá mesmo me escondi, procurei algo que pudesse iluminar e por sorte achei uma lanterna, acendi para vero o local onde estava mas rapidamente apaguei quando ouvi os passos. Pela fresta do armário dava para ver qualquer coisa que passasse, mas nada vi.

Lá fora a ventania sorrateiramente forçava o arame a bater na barra de metal que havia no poste, o barulho era infernal e por horas meu coração acelerava e a respiração ficava ofegante. Pensei ser tudo aquilo obra de minha imaginação, mas logo que escutei lá na cozinha as panelas tilintando eu sabia haver alguém em casa, quem poderia ser? Estava com medo, estava sozinho em casa. Logo veio na mente o pensamento do gato preto, fora ele que me trouxera todo aquele azar. Resolvi então sair do armário e andar pela casa silenciosamente na busca do que estava a me incomodar, na ponta do pé me dirigi até a coisa, com a lanterna a meia-luz fui caminhando cuidadosamente e a medida que me aproximava do cômodo onde ele poderia estar o cuidado era redobrado, chegando hesitei em colocar a cabeça para ver mas fui na ponta do olho procurando pelo algo que lá poderia estar, vi que nada havia na cozinha, dei uma volta procurei nos possíveis lugares onde poderia estar escondido e nada, a cozinha parecia estar em ordem, as portas trancadas, pensei que nada poderia ser, mas porque eu ainda estava com medo? Então continuei a minha busca dentro de casa.



Sai da cozinha e fui-me dirigindo a sala, inquietamente por dentro de minha alma eu sentia que a qualquer momento algo poderia acontecer, estava com medo, no momento que coloco o pé direito na sala me deparo com o sofá uma ventania forte se fez e bum fez a janela na sala, olhei rapidamente para traz e para os lados, o que poderia ser? Me arrepiei dos pés a cabeça e tremi a alma me aproximei da janela e percebi que a ventania a forçou a bater, havia esquecido de fecha-la, sempre verifico as janelas antes de ir dormir mas naquele dia em especial não as fechei. A ventania lá fora continuava de tal modo que o vento ao tocar na cumeeira de minha casa cantava aquele seu canto indiscutível das cidades pequenas canto que abrilhanta as pequenas cidades porém naquela noite em nada estava abrilhantando ou contribuindo para o meu sossego, era mais um barulho informal que o canto do vento.

As horas dentro daquela casa pareciam não passar, a todo momento eu olhava no relógio e percebia que o ponteiro não saia do lugar. Fechei bem as janelas, verifiquei as portas e tudo estava normal como diariamente, nada passara por ali, olhando pelo reflexo da janela percebi mais uma vez uma sombra se aproximando tomando uma forma espectral corri para o armário que estava ali próximo com a finalidade de me proteger, fiquei lá mais uma vez quieto com a respiração ofegante pedindo a Deus para que passasse logo aquele momento e nada, a sombra se foi, resolvi sair do armário e olhando para as escadas fui subindo degrau por degrau, eram apenas seis degraus mas que demorei uma eternidade para subi-los pois tinha que ter cuidado para não denunciar minha presença ao meu algoz. Subia um degrau e parava, olhava para traz e para frente e nada, subia outro degrau e repetia o ritual calmamente e nada. Cheguei no corredor que dava para os quartos, fui verificando de um a um e nada de encontrar qualquer vestígio que fosse de que havia uma presença ali, até que ouvir um barulho estrondoso mais uma vez, a luz tentou voltar, vi um enorme clarão na rua que de susto me agachei pensando ser algo dentro de minha casa mas vi que não era então voltei a minha postura normal, eram faíscas que saiam do poste lá fora, agora eu tinha certeza de que naquela noite a energia não mais voltaria. Maldito prefeito, pensei, uma coisa tão simples e ele poderia resolver no mesmo dia, aquilo era a menor das preocupações dele mas ele que nunca mandava alguém para concertar aquilo.


  Barulhos constantes vinham do sótão, pareciam com o arrastar de caixas o chão, entrei no meu quarto peguei então um taco de beisebol, nunca joguei esse esporte apesar de admirar mas o taco eu havia ganhado de meu sobrinho que fez uma viajem ao Canadá, com o taco na mão me encaminhei sorrateiramente até as escadas do sótão, subi e quando coloco a cabeça na porta do sótão nada vejo, tento iluminar mas aqueles barulhos de caixas se arrastando cessaram, fui verificar mais perto e nada, me viro de repente para ver o que passou por traz de mim e bum, uma enorme pilha de caixas cai sobre mim, tento me colocar de pé rapidamente chutando as caixas e saio correndo, lá fora o arame castiga o poste, meu coração acelera, tento colocar força nas pernas e não consigo, a respiração fica ofegante, diante da porta tento abri-la mas as chaves não rodam, olho para um lado e para o outro e nada consigo para me esconder, as mãos começam a tremer, as janelas estão fechadas, me pergunto o que fazer, corro para o armário, acabei esquecendo do taco e da lanterna, e agora, tropeço sobre o sofá logo me recomponho e chego no armário, me fecho, tento ver algo na fresta e nada, o coração parece querer saltar para fora procuro acalmar-me, mas nada vejo.Perdido na escuridão dentro do armário me vejo, e ninguém para me acudir, até que tive a ideia de pegar o telefone e ligar para a polícia, aquilo não era normal, impossível tantas coisas acontecerem na calada da noite e não ser alguém, antes fiquei tentando relembrar se eu havia feito algo de errado com alguém mas logo cheguei a conclusão de que não tinha inimigos, então coloquei a cabeça para fora com a finalidade de ver se alguém estava ali e nada, me dirigi até o telefone na sala e puxando-o do gancho constatei que não havia linha, provavelmente o estrondo que houve no posto deve ter prejudicado de algum modo a linha do telefone. Lá fora a ventania parara e a chuva começara a cair frescamente e depois aumentando o se volume, foi quando ouvi um trovão.

Era só o que faltava, a única coisa que me restava fazer era subir para o meu quarto e tentar mais uma fez fazer uma nova busca nos quartos e no sótão, e foi o que fiz, quando mais uma vez eu vi o espectro avançando sob a lua, dessa vez ele não vinha em minha direção com os olhos fui seguindo o espectro e o vi se escondendo no sótão, subi lá na esperança de que veria algo, procurei por todos os lados e nada encontrei em meio aquela escuridão, vi uma caixa se mexendo, de súbito o coração começou a pular mas tentei me aproximar, foi então que ouvi um miado. Me aproximei para ver o que era e para o meu espanto era uma gata com três filhotes recém nascidos, a gata preta que me perseguira desde a casa velha.


.


quarta-feira, 11 de maio de 2011

Poesia: Prece Silenciosa



Volto em meio ao que não sou


contemplo com sentimentos as tuas lágrimas


me entrego ao prateado azul do teu olhar


Rogo a dama lunar


o púrpura silêncio ao contemplar


o cair tão indescritível da falange


que teima em tão belo sonhar


Ouço o canto de ninar


da distância que as estrelas teimam em terminar


para que no fim da noite contemplada


teus olhos pousando aos meus encontrar.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Dica: Adorável Noite - Livro de Adriano Siqueira


O Vampiro tradicional e sombrio, veste a sua capa escura e cheia de ondulações criadas pelo tempo, retorna através da magia, do sangue, do pacto com as criaturas da noite, da vontade ardente proveniente da sua selvageria pelo sangue.
O legado da sua dominação climática e dos seres noturnos, mantém o seus caninos salientes e pontiagudos.

Seu abraço, cheio de desejo, reúne as forças da sua alma aprisionada, para novamente combater os seus inimigos como fazia em seu Castelo. Para tomar o que é seu. A sua eternidade.

A sedução absoluta que vem dos predadores para conquistar as suas vítimas, mantém o seu reinado e a sua eternidade.

O prazer de ser dominante dos seres viventes deixa-o mais forte e menos solitário. O encanto que provem de suas palavras enchem o corpo da vitima de puro delírio ardente, quente que chega a aprisionar a alma daqueles que se entregam, pela tentação e pelo pacto de sangue.

Existem aqueles que se protegem recusando a sua entrada em sua morada, mas a experiente criatura noturna sempre descobrirá dentro da sua alma, qual a melhor maneira de seduzi-lo.

Ele não está morto e nem está vivo... Está apenas faminto.
E para isso ele vai mentir, vai jurar, vai prometer, vai te abraçar e quando você confiar...
Ele vai saciar a sua sede.

É chegada a hora do Vampiro atormentado sair de cena e começar a atormentar.

Sua alma ferve e clama pelo seus abraços.
E o Vampiro costuma atender pedidos, dos perdidos, dos abandonados, pois é deles o seu legado.

Aceite o convite... a adorável noite te espera.


Ficha Técnica:

CONTOS, MINICONTOS E CURIOSIDADES
Autor: Adriano Siqueira
Prefácio: Liz Vamp
Revisão: Celly Borges
Ilustrações (internas e capa): Anderson Siqueira
Finalização da Capa e Diagramação: M. D. Amado
158 páginas
Formato: 14 x 21cm
Papel Pólen Bold 90g / Couchê 75g (8 páginas com fotos coloridas)

domingo, 8 de maio de 2011

Por que você escreve? - A Dinâmica do Pensamento - Serie para Escritores

Por que você escreve?
Da minha decepção só nasce dureza
Do meu Amor Só nasce Tristeza
Não sei o que quero

Mas sei o que não posso ter”
Flor Bela

A Dinâmica do Pensamento

Diariamente quando acordo e quando vou dormir me faço a mesma pergunta - Por que você escreve "cara"? - Procuro não responder a pergunta mas só analisa-la sempre sob um ponto de vista diferente do dia anterior quando me questionei.

Ando lendo muito ultimamente, minha profissão exige e meu gostar de literatura já transformou a leitura em um hábito normal, leio muita coisa boa mas também leio coisas ruins, é imprevisível, às vezes você começa lendo algo bom e no meio da história tudo se perde, a continuidade é péssima ou se perde no meio de detalhes fúteis desnecessários ao bom andamento da história. O mais incrível é, me deparar com a diversidade daquilo que está sendo produzido ultimamente, isso sim é algo esplendoroso, porém até na literatura há uma via de mão dupla, o lado direito te leva a qualquer lugar e o lado esquerdo onde o coração fica te leva a caminhos onde a seleção é natural e só fica aquilo que realmente é bom.

Existem diversos tipos de escritores e literaturas, desde os mais comerciais aos mais técnicos, porém o que observo é que uma grande parcela de escritores deseja tanto ser publicada que se submetem às mais vis e ridículas torturas de seus estilos literários, vejo escritores se aventurando em mundos que não pertencem e outros esquecendo aquilo que são, se preocupam mais em serem publicados que até medo de criticarem suas editoras eles têm e ficam calados, silenciam diante da adversidade, prova disso é que a maioria escreve poesia mas abandonam-na na primeira oportunidade de publicarem algo, como eu disse é uma via de mão dupla, enquanto correm para publicarem sobre qualquer coisa menos poesia a internet dá um banho em tudo, nunca se viu tanta poesia sendo publicada como agora, basta navegar nos blogs e sites. Desde quando poesia não vende? Essa pergunta hoje não é mais pertinente, é necessário voltar as origens para se descobrir o que acontece hoje, não é possível haver renovação se a essência da escrita permanecer sob o véu do incrédulo.

Recentemente o mundo literário foi bombardeado com a critica da Crítica, há uma crise pois a critica está limitada áquilo que só é publicado pelos grandes meios, o mundo é confortável e eles não querem avançar para águas desconhecidas, sair do conforto e se deparar com o novo é esmiuçar o que há de melhor mesmo que dentro do cesto haja muita coisa ruim, de lá é possível tirar algo bom e que valha ser comentado, se a Critica se limita a seu mundo de conveniências permanecerá na crise, e se ela se limitar será impossível descobrir algo novo, porém enquanto a essência do escrito "poesia" permanecer a mesma, os demais caminhos tendem a permanecerem no mesmo. O concreto começou pela renovação da poesia, depois passou para o conto e atingiu os diversos meios de cultura, não que esse seja preferido, foi mais fácil citar pois é o mais atual, ainda se vê autores escrevendo poesia “concreta”.

O foco aqui não é a Critica, mas não poderia deixar de comentar isso já que o assunto é aquela pergunta inicial - por que você escreve "cara"? - E voltemos! Tenho visto muita coisa que agrada, não agrada a mim mas as editoras, o que está sendo escrito atualmente tem um apelo muito comercial, são coisas que se transformam em filmes e vendem muito, são verdadeiros roteiros de filmes que não propões uma mudança de estética mas permanecem nas mesmices que estamos acostumados, hoje em dia o cotidiano tem virado livro e esses livros vendem, o caminho está sendo traçado por um novo parâmetro que está ligado mais a uma parceira comercial de editora e cinema do que editora e autor, a preocupação hoje em dia é se o livro tem possibilidade de se transformar em filme, se houve qualquer possibilidade ele logo é transformado em um BestSeller, o conteúdo é bom mas será que essa deve ser a real preocupação daquilo que está produzindo literariamente? O autor/ escritor deve se preocupar com isso na concepção de seu trabalho? É ai que está o problema, quando começo a ler, o livro inicialmente parece ter a característica de se aventurar em um mundo novo e diferente, oferecendo uma estética que já identifica o escritor, porém quando você chega ao meio do livro percebe que a estética inicial se perdera, que a proposta principal se perdeu e a continuidade já está mais para um filme detalhista do que para a literatura no seu nível e desnível. O que importa é ser lido ou escrever com qualidade?

Certa vez meu professor de Oficina Literária, na faculdade, falou que se nossa intenção era sermos escritores de sucesso deveríamos nos aventurar em escrever primeiro um livro de Autoajuda e só depois passar a escrever literatura propriamente dita, realmente esse é o caminho do sucesso, mas é correto se submeter a esse tipo de perversão literária para ser alguém de sucesso? Nossa, são tantas perguntas ao longo do texto, mas que merecem uma apreciação do leitor, as vezes a desonestidade literária nos pega quando nos deparamos com o fato de que nossos leitores se lembrarão de nós por termos escritos autoajuda do que realmente por aquilo que escrevemos com qualidade (não que o livro de autoajuda não tenha qualidade, longe disso, já li alguns que são ótimos), o leitor quando for nas livrarias comprar, vai pensando que o livro é no estilo do primeiro e quando chega lá é só decepção pois descobre que o livro ou é de poesia ou de qualquer outra coisa que não seja no estilo do primeiro, a isso chamo de traição e prostituição literária e é o que vem acontecendo muito, já vi diversos escritores que fizeram um sucesso enorme e hoje você não lembra nem o nome do cara, quer um exemplo disso? - Rs, rs, rs, procura no Google - você lembra quem escreveu Marley e Eu? - Só alfinetando.

Para que você não entre no mundo dos esquecidos, pois o que importa não é a fama, você tem que ter em mente que qualidade é o mais importante, e quem defini a qualidade não é um conjunto de regras para seguir, o que defini a qualidade é na verdade a sua honestidade com o leitor, você não precisa que digam o que escrever, escreva apenas sem se preocupar com o que dirão pois você não será o primeiro nem o último, quando for escrever tenha em mente que homens como Lima Barreto diversas vezes fora rejeitado pela Academia e hoje sem dúvidas é um dos grandes escritores brasileiros, quem lamenta hoje essa rejeição sofrida por ele é a Academia por não tê-lo tido em um de seus acentos. Aliás, lá tem muitos esquecidos que não são esquecidos porque são eterno nos registros deles mas que para nós nem na lembrança ficaram, a atualidade demonstra isso facilmente, muitos têm apenas títulos e por causa desses títulos (galardões, para ficar claro que não se trata de títulos de livros, vai que alguém esquece) são lembrados.

As vozes não se calam e não perdoa o tempo, amargar as derrotas em concursos, bolsas e em análises de editora está no cotidiano de alguns grandes escritores de nossa época, no passado as coisas nem sempre foram simples como hoje, porém é preciso ter em mente que desistir é coisa dos fracos, os fortes vão à luta.

Em um mundo com tanta diversidade literária, precisamos ter em mente que não podemos nos permitir aos clichês próprios dessas vanguardas espalhadas e autointituladas, precisamos sair das mesmices, e viver o novo é não se deixar levar porque o barco está indo com a maré, reme contra a maré, conheça e leia mais, quando era jovem não queria deixar-me influenciar pelos escritores do passado hoje em dia sinto necessidade de meus mestres, não uso tudo o que aprendo pois tenho meu próprio estilo, mas aprendo tudo o que me ensinam pois não há estilo que nasça sem uma boa influência de alguém. Porém não se deixe perder na adversidade do aprendizado, busque ser diferente.

A outra parte daquilo que somos, enquanto escritores, é aquilo que detemos enquanto leitores, ai você fica pensando um pouco pois isso é texto para um novo artigo. Até a próxima com a séria: Por que você escreve?



Sexta Feira Treze - Parte I


Sexta Feira Treze - Parte I

Estava andando pela rua das Laranjeiras no bairro de mesmo nome aqui no Rio de Janeiro, incrível como tudo mudou, os casarões velhos da época de meus avós deram lugar a enormes prédios e arranha céus que mais parecem que vão cair por cima de nós do que qualquer outra coisa, em nada lembram a bela construção aristotélica da Acrópoles.

A noite é muito convidativa, e nas laranjeiras não perdeu o seu ar de mistério ou silencio, o fato é que continua lá escondido por trás daquelas construções de concreto. Com elas ou sem o bairro não perdeu seu charme, continua o mesmo da época de Machado de Assis, em algumas ruas é possível ver algumas construções antigas, imaginar o grande acadêmico vislumbrando seus contos.

E foi andando a procura de uma dessas ruas que entrei na rua Imaruí, não havia imaginado que aquela rua fosse tão escura, iluminada apenas por um poste, a rua era pequena e tinha mais ou menos uns quinze casarões e um enorme prédio fincado bem no meio, a única coisa que é capaz realmente de tirar o charme de lá. Em cada casa havia uma árvore, fui caminhando e observando cada uma, os portões antigos, as varandas com detalhes em azulejo, até que ouço um uivo, era o uivo de um cachorro, nossa fiquei todo arrepiado, mas continuei observando os casarões, alguns até abandonados estavam, ignorei o uivo pois pensei que ali havia a possibilidade de alguém ter um cão em casa.

A casa de numero 102 foi a que mais demoradamente fiquei a analisar, a data de sua construção estava afixada na faixada de 1885 um ano depois de nossa primeira constituição segundo a batuta do imperador Pedro II, ela era muito significativa mas aparentemente estava abandonada. A sua cor era azul e branco, estava toda desbotada, a abobadada mais parecia um circulo do que um vaso, nas telhas podia ser ver buracos enormes, precipitei-me sobre o portão, a luz do poste piscou duas vezes e apagou, a rua que já era escura ficou mais escura ainda, percebi que já era hora de ir pra casa com a promessa de que viria um outro dia para ver o estado real da casa e tentar aos menos descobrir dos vizinhos quem era o dono. Já caminhando pra casa, ainda na rua Imaruí, percebo uma sombra enorme se aproximando de mim, isso era possível pois a lua naquele dia estava cheia e possibilitava uma luminosidade prateada e singela, o seu brilho tocava a terra que se refletia na vasta escuridão prateada da rua. Cada vez mais que eu me aproximava da sombra e ela de mim percebi diminuir, e foi assim até nos encontrarmos, nossa era um enorme gato preto com seus olhos brilhantes, ele olhou-me ronronando, fiz o sinal da Santa Cruz e sai sem sequer olhar para traz, aquilo não era bom, era um sinal de mal presságio, fiquei me questionando o porque logo comigo.

Fui pra casa correndo, eu era muito supersticioso e me sentia muito preocupado quando isso acontecia, chegando em casa peguei logo um galho de arruda fui até meu quarto tirei toda a roupa em seguida peguei um roupão e fui direto pro banheiro. Na banheira já cheia joguei as folhas de arruda esperei alguns minutinho e me joguei dentro com a esperança de afastar de mim todo aquele mal presságio que havia sentido. Ainda ouvia o ronronado dele, parecia querer falar algo, algo que meus olhos não viam ou que ainda não sentia. Minha mão trêmula caminhava sobre o meu corpo em busca de qualquer lugar seco onde a água não houvesse tocado, o medo tomara conta de mim.

Ouço ruido inigualáveis, umas das janelas de meu quarto começaram a bater sistematicamente, levantei-me e fui fecha-la mas para meu espanto lá estava ela fechada e as cortinas pareciam do modo como deixei antes de deitar-me na cama, a imagem do gato preto voltou em minha mente, por um momento pensei ser um sonho mas logo lembrei que não era, os sinos da igreja badalavam a meia noite, meus olhos deslizando sobre o calendário que estava na parede denunciaram que era sexta feira treze, fiquei todo arrepiado, a sensação era de que aquela noite não seria boa, joguei-me na cama embaixo de meus edredons procurei ao máximo me confortar e dormir mas estava difícil, em frente a minha casa havia um poste e no poste uma espécie de arame que castigava-o a todo momento, eu já havia ligado para a prefeitura umas dez vezes para que eles viessem resolver o problema mas a resposta era sempre a mesma de que um dos funcionários passaria por lá para resolver o problema e assim se foi a semana.

A ventania que estava fazendo naquele início de noite de sexta feria contribui para que o arame batesse constantemente no poste e com violência de modo que em um dado momento ouvi um estrondo seguido de uma queda de energia. Minha casa ficou totalmente escura, e eu já entrando em estado de insônia tive que me levantar para acender uma vela. Caminhando dentro de minha casa, modéstia parte muito bonita, no meu corredor todo em madeira colonial, a claridade que da janela dava para o corredor foi que iluminou o caminho, percebi então meio que um espectro avançando sobre a luz.


Imagem: http://www.imotion.com.br/imagens/details.php?image_id=5207


sexta-feira, 6 de maio de 2011

Livro Tormenta da Série Fallen




Luce está mais uma vez separada de Daniel, mas somente pelo tempo necessário para caçar os Párias — anjos caídos, como ele, mas que desejam Luce morta mais do que tudo.

Daniel leva sua amada mortal até a Shoreline, uma escola na rochosa costa californiana que esconde alunos com talentos únicos: os nefilim, filhos ou descendentes de relacionamentos entre anjos e mortais.

Na Shoreline, Luce aprende mais sobre as sombras, e como pode utilizá-las como janelas para suas vidas passadas. Porém, quanto mais Luce descobre todas aquelas Luces anteriores a ela, mais ela suspeita que Daniel está escondendo um segredo — um segredo mortal.

E se a versão de Daniel para o passado dos dois não é exatamente verdadeira? E se Luce devesse estar com outra pessoa — em uma vida não amaldiçoada por esse amor proibido? Será que ser amada por um anjo vale todo o sofrimento em séculos de existência?

TORMENTA
Lauren Kate

Ano: 2011
Série: Fallen 
Páginas: 299 
ISBN: 9788501089632

quinta-feira, 5 de maio de 2011

De todo amor







Enquanto o pranto é ainda dor


sigo chorando a mágoa de ser


aquilo que não sou.


Enquanto é pranto o meu amor


que não seja erva daninha o meu motor


impulsionando esse sol que teima em arder.


E se pranto ainda for


não me consuma toda a dor


que seja passageira e não amor


esse canto que insiste em permanecer.

domingo, 1 de maio de 2011

Parceria Elo das Letras e Editora Novo Conceito







Um parceria deve ser sempre celebrada, ainda mais quando é com um parceiro de peso como a Editora Novo Conceito. O blog Elo das Letras sempre buscará trazer conteúdos e informações de qualidade, resenhas de livros que no momento estão sendo os mais procurados, promoções e informações sempre na linha principal do Elo das Letras: "ser elo entre a literatura e o leitor".


Com essa parceria sempre traremos livros, kits e promoções para os Leitores.


Conheça um pouco sobre a Editora Novo Conceito e seus livros:


Editora Novo Conceito:




"Somos jovens, estamos em constante movimentação e temos o mercado editorial em nosso DNA. Somos a Editora Novo Conceito.
Fundada em 2004, a Editora Novo Conceito desenvolve publicações de qualidade, afinadas com os acontecimentos atuais do mundo globalizado.
Atualmente, a Editora apresenta um portfólio com mais de 200 livros entre lançamentos internacionais e nacionais, e vem apontando tendências nas áreas de negócios, empreendedorismo, literatura, comportamento, atualidades, biografias, medicina e saúde.
Temos paixão por livros e queremos construir uma nova cultura editorial no Brasil, ampliando o público leitor brasileiro. Um projeto que cresce a passos largos, agradando cada vez mais um público amplo, exigente e diversificado, que colocou a Novo Conceito no topo das listas das publicações mais vendidas do Brasil e não quer mais tirar nossos livros da cabeça."

Livros: