domingo, 30 de outubro de 2011

Poesia: Desejo ardente e nada mais

Poesia: Desejo ardente e nada mais
Jandeilson Bezerra


Venha os teus olhos deliciar-se do vinho 
que da videira brota calorosamente
e se delicie do gélido aroma dessa uva
vermelho adocicada que há na pele delicada desse ser.


Toques com tuas mãos sofridas
apalpes com esses longos dedos
suavemente a alma desse inquietante
e puro sentimento que não cala, fala
e a inspiração quer dominar.


Não há coisa mais sublime que sonhar
ver pequenos flocos de amor eternizar
em uma paisagem de constante desiquilíbrio e formas
que em simetria querem se espalhar.


Quando o repouso se fizer e nos lábios o mais puro aroma
querer confundir-te sem a necessidade de amar
plantes as raízes de teus sonhos em terra firme
e sugues em tuas raízes o néctar da noite
que em lua prata transformará no mais sincero se entregar.

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